Publicado en el Boletin Interno de FAG – nº 0 – diciembre 1995.
A organização política dos anarquistas é uma tentativa histórica, uma necessidade de nossa ideologia e também um mecanismo para acumularmos trabalho militante e aí termos a chance de contribuir para um processo de luta e transformação social. Assim como os sindicatos livres eram a casa do trabalhador, a organização anarquista tem de ser o espaço de nossa militância. Através dela, como meio de implementar a ideologia na realidade, os anarquistas têm as condições de interferir na história e talvez, dependendo da intensidade da luta, ameaçar em sério este sistema.
Mas, construir esta organização tantas vezes falada, não é tarefa fácil. Talvez seu funcionamento, uma vez começado, seja simples. Neste primeiro momento, são necessárias mudanças na atuação militante e também na discussão coletiva, o que geralmente, acarreta algumas dificuldades. A primeira atitude é começar a definir coletivamente - sem pressa mas sempre trabalhando com prazos marcados e respeitados - acordos para o trabalho interno. Isto implica, desenvolver e caracterizar algumas ferramentas da militância política, tais como:
- Conceitos básicos para trabalhar ( luta, processo, classes, povo, ideologia, sistema, dominação ....)
- Critérios de funcionamento interno ( em todos os níveis para todos os tipos de tarefas)
- Padrões para a militância, acentuando as características definidas pelo coletivo para cada militante (ex.: responsabilidade, organicidade , compromisso, autodisciplina , capacidade de formulação e convencimento, ética militante , combatividade , solidariedade, fraternidade, companheirismo ....)
- Níveis para as participações ( desde os militantes até os mais esporádicos simpatizantes )
- Capacitação do coletivo para funcionar como organização (melhorando e aprimorando os mecanismos e instâncias internas, respeitando os acordos , levando a política conjunta da organização para todas as frentes de luta, buscando a coesão organizada a partir da capacidade militante e da criatividade dos libertários...)
- Aprofundando a discussão ideológica, sabendo que teremos cada vez mais possibilidades de trabalho quanto mais acordos e discussões acumuladas tivermos.
Outro detalhe importante de lembrar, é de que todas as tarefas são de igual importância, e a designação de tarefas executivas não implica e não pode vir a implicar em nenhum privilégio. Uma organização anarquista é essencialmente igualitária, mas lembrando que igualdade significa compromisso e responsabilidade. O mesmo para as deliberações, mais participação será mais deliberação, quanto maior for o nível de compromisso, maior será a capacidade de autogestionar a luta - tanto a nível interno quanto externo.
A militância, política anarquista significa aprimorar a inserção social a cada dia, e juntamente com isso, aprimorar a organização. É uma dialética simples: mais inserção social significa mais capacidade interna, melhor capacitação interna, é a garantia de podermos disputar com outros projetos políticos da esquerda reformista /autoritária, e assim aprofundarmos nossa penetração nas necessidades básicas da população.
Cada pequeno passo é de imensa importância, pois o anarquismo trabalha com a idéia de processo e construção popular - paralelo à destruição da influência do sistema em nossas vidas; esta é a dialética da militância política libertária, lembrando que esse processo depende da vontade do ser humano e não de futuros gloriosos e inalcançáveis. A construção do processo revolucionário, neste primeiro momento passando pela construção do processo de resistência popular, é uma tarefa cotidiana de cada militante e do conjunto da organização anarquista. Tal processo, também necessita de um trajeto de construção interna, justamente onde estamos agora. Construindo a organização anarquista estaremos caminhando para outra vez estarmos a altura de nosso compromisso. Sempre tendo em mente, que somos a continuidade da luta social dos povos brasileiros e latino-americanos , somos a seqüência dos esforços de inúmeros companheiros anarquistas – daqueles que caíram de pé, generosamente oferecendo suas vidas à nossa luta libertária.
Como tantas vezes já foi dito, por mais difícil que seja o caminho da construção revolucionária , é o único coerente e honesto com nossos princípios e com nossa história.
Mas, construir esta organização tantas vezes falada, não é tarefa fácil. Talvez seu funcionamento, uma vez começado, seja simples. Neste primeiro momento, são necessárias mudanças na atuação militante e também na discussão coletiva, o que geralmente, acarreta algumas dificuldades. A primeira atitude é começar a definir coletivamente - sem pressa mas sempre trabalhando com prazos marcados e respeitados - acordos para o trabalho interno. Isto implica, desenvolver e caracterizar algumas ferramentas da militância política, tais como:
- Conceitos básicos para trabalhar ( luta, processo, classes, povo, ideologia, sistema, dominação ....)
- Critérios de funcionamento interno ( em todos os níveis para todos os tipos de tarefas)
- Padrões para a militância, acentuando as características definidas pelo coletivo para cada militante (ex.: responsabilidade, organicidade , compromisso, autodisciplina , capacidade de formulação e convencimento, ética militante , combatividade , solidariedade, fraternidade, companheirismo ....)
- Níveis para as participações ( desde os militantes até os mais esporádicos simpatizantes )
- Capacitação do coletivo para funcionar como organização (melhorando e aprimorando os mecanismos e instâncias internas, respeitando os acordos , levando a política conjunta da organização para todas as frentes de luta, buscando a coesão organizada a partir da capacidade militante e da criatividade dos libertários...)
- Aprofundando a discussão ideológica, sabendo que teremos cada vez mais possibilidades de trabalho quanto mais acordos e discussões acumuladas tivermos.
Outro detalhe importante de lembrar, é de que todas as tarefas são de igual importância, e a designação de tarefas executivas não implica e não pode vir a implicar em nenhum privilégio. Uma organização anarquista é essencialmente igualitária, mas lembrando que igualdade significa compromisso e responsabilidade. O mesmo para as deliberações, mais participação será mais deliberação, quanto maior for o nível de compromisso, maior será a capacidade de autogestionar a luta - tanto a nível interno quanto externo.
A militância, política anarquista significa aprimorar a inserção social a cada dia, e juntamente com isso, aprimorar a organização. É uma dialética simples: mais inserção social significa mais capacidade interna, melhor capacitação interna, é a garantia de podermos disputar com outros projetos políticos da esquerda reformista /autoritária, e assim aprofundarmos nossa penetração nas necessidades básicas da população.
Cada pequeno passo é de imensa importância, pois o anarquismo trabalha com a idéia de processo e construção popular - paralelo à destruição da influência do sistema em nossas vidas; esta é a dialética da militância política libertária, lembrando que esse processo depende da vontade do ser humano e não de futuros gloriosos e inalcançáveis. A construção do processo revolucionário, neste primeiro momento passando pela construção do processo de resistência popular, é uma tarefa cotidiana de cada militante e do conjunto da organização anarquista. Tal processo, também necessita de um trajeto de construção interna, justamente onde estamos agora. Construindo a organização anarquista estaremos caminhando para outra vez estarmos a altura de nosso compromisso. Sempre tendo em mente, que somos a continuidade da luta social dos povos brasileiros e latino-americanos , somos a seqüência dos esforços de inúmeros companheiros anarquistas – daqueles que caíram de pé, generosamente oferecendo suas vidas à nossa luta libertária.
Como tantas vezes já foi dito, por mais difícil que seja o caminho da construção revolucionária , é o único coerente e honesto com nossos princípios e com nossa história.
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